Mais vale tarde do que nunca (22/05)

Bem-vindos mais uma vez ao “Mais vale tarde do que nunca”. Todos os sábados trazemos-vos as principais notícias semanais, com uma mistura de vários temas transversais à sociedade. Esperamos que estas também sejam para vocês as melhores notícias da semana.

Partindo da pandemia da Covid-19, os dados estatísticos são mais uma vez animadores. Apesar da elevada preocupação em relação aos festejos sportinguistas do campeonato, ainda que os casos tenham subido ligeiramente, não são significativos e as mortes muito menos. Na passada sexta-feira registaram-se três óbitos por Covid-19 e nas últimas 24 horas, não se registou qualquer morte. O boletim da DGS alerta ainda que o número de internados está gradualmente a aumentar, numa altura em que a principal preocupação é a variante indiana.

Ainda sobre a pandemia mas agora sobre a vacinação, Gouveia e Melo, coordenador da task force para a vacinação contra a Covid-19 clarificou qual é a meta para Portugal. O coordenador deixou bem claro que espera que no dia 8 de agosto, Portugal tenha 70 % da população com pelo menos uma dose da vacina. Num sentido muito pragmático, Gouveia e Melo acrescentou ainda que depois de atingir o objetivo dos 70% vacinados com pelo menos uma dose, pretende seguir para a meta dos 90% vacinados no mínimo uma dose da vacina.

No campo da economia, no passado dia 21 de maio surgiu uma notícia que poderá não ser positiva. O Banco de Portugal atingiu valores históricos de 192 mil milhões e vale neste momento quase tanto como o PIB nacional. Vários programas de compras de dívida e outros ativos estão na base deste aumento dos valores. Os apoios dos bancos centrais às economias dos Estados-membros europeus foram acelerados e fizeram crescer o tamanho de autoridades monetárias como o Banco de Portugal de forma muito expressiva. Além de ter aumentado ao ponto de quase ultrapassar o valor do PIB nacional, o crescimento é exponencial e perspetiva-se que chegue mesmo a ultrapassar.

Na vertente cultural há boas notícias para as cores portuguesas. Os The Black Mamba irão representar Portugal na final da 65ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que decorrerá no próximo sábado (dia 22) em Roterdão, Países Baixos. Com a canção “Love is on my side”, Portugal foi o quinto finalista anunciado na segunda semi-final do festival, tendo sido apurado ao lado da Albânia, da Sérvia, da Bulgária, da Moldávia, da Islândia, de San Marino, da Suíça, da Grécia e da Finlândia.

No mundo do futebol, o Santa Clara do arquipélago dos Açores está pela primeira vez numa competição europeia depois de terem vencido o Farense por 0-4 e do Vitória de Guimarães ter saído derrotado frente ao Benfica. Por outro lado, os algarvios do Farense desceram à II Liga, a par do Nacional da Madeira que também irá ser despromovido. O Rio Ave de Vila do Conde terminou o campeonato em 16º lugar e fica na zona de playoff de manutenção, significando isto que irá disputar um lugar na I Liga frente ao 3º classificado da II Liga. A última jornada do campeonato que inicialmente parecia dar o título de melhor marcador a Haris Seferović, acabou por permanecer com o vidaguense, Pedro Gonçalves, tornando-o o primeiro médio da história a ser o melhor marcador da I Liga.

Por fim, mas não menos importante, há uma boa notícia no Médio Oriente. Israel e a organização terrorista Hamas anunciaram um cessar-fogo na Faixa de Gaza, pondo fim a um período forte de conflito que vitimou 232 pessoas em Gaza e 12 em território israelita. Seguindo a proposta do Egito, Israel suspendeu as hostilidades contra o Hamas que provocou o conflito. Anteriormente já tinha sido noticiado pela BBC que haveria oficiais do exército israelita a chegar a acordos de cessar-fogo, mas apenas esta quinta-feira se confirmou. A comunidade internacional saudou o sucedido, desde a União Europeia que lamenta ainda as mortes dos 11 dias de conflito, até à China que apela para que o acordo seja respeitado. A Rússia vai mais longe e refere que é preciso “criar condições para o recomeço de negociações políticas diretas entre israelitas e palestinianos, visando resolver assuntos fundamentais". Além do número de mortes, estima-se ainda que haja 2265 feridos depois dos bombardeamentos israelitas em resposta ao ataque do Hamas.

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