Mais vale tarde do que nunca (29/05)

Bem-vindos ao “Mais vale tarde do que nunca”, o último de maio. Nestes últimos dias do mês, muita coisa aconteceu em Portugal e no mundo e no meio de diversas notícias, poderás ter perdido aquelas mais importantes. Mas não te preocupes porque estamos aqui para te descomplicar a vida.

Quase todas as semanas surge algum caso mais polémico e o desta semana relaciona-se com a economia. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em comunicado oficial após uma reunião com o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, teceu duras críticas à companhia aérea irlandesa, acusando-a de interferir na soberania do Estado português. Pedro Nuno Santos afirma convictamente que o “investimento na TAP é um investimento estratégico e estruturante, não apenas na companhia aérea, mas na economia portuguesa. […]" ao que a Ryanair responde veemente. Michael O’Leary sublinhou que as declarações do ministro português foram falsas sobre a Ryanair estar a travar uma “guerra comercial”, quando o verdadeiro nome é concorrência. Nesse mesmo comunicado da companhia aérea irlandesa, O’Leary refere ainda que “concorda que Portugal tem esse 'direito', mas não acredita que três mil milhões de euros dos escassos fundos dos contribuintes portugueses devem ser desviados de investir em escolas, hospitais e outras infraestruturas muito necessárias para subsidiar uma companhia aérea falhada e com preços altos como a TAP".

Na vertente política, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou para a defesa de alguns direitos fundamentais num momento em que os riscos da Covid-19 para a saúde parecem diminuir. Na 21ª sessão sobre a situação da pandemia em Portugal, o Presidente da República propôs que se tomasse alguma atenção na “mudança da matriz de risco”, visto que as taxas de imunidade têm aumentado e introduziu a questão da "legitimação pública dos indicadores e dos critérios sanitários adotados". Ainda que a incidência de novos casos de infeção por Covid-19 não diminua, os números de mortalidade e o respetivo impacto no SNS já é muito reduzido e, portanto, é necessária alguma atenção aos valores democráticos das decisões tomadas.

Ainda no espaço da pandemia da Covid-19, a Agência Europeia do Medicamento declarou a vacina da Pfizer como segura para uso a partir dos 12 anos. O chefe de Estratégia de Vacinas e de Ameaças Biológicas, Marco Cavaleri sublinhou que “os dados demonstram que a resposta imunitária nesta faixa etária são similares ou até melhores, do que aqueles que temos visto em jovens adultos”. É uma boa notícia para os mais novos, que poderão estar seguramente imunizados quando chegar a sua vez de tomar a vacina e que à semelhança da restante população, têm de utilizar duas doses.

No mundo do futebol, esta semana o Villarreal venceu o Manchester United e conquistou a Liga Europa de futebol. A final jogou-se em Gdańsk, onde a equipa espanhola celebrou pela primeira vez uma Liga Europa em futebol, isto depois de vencer o Man. United por 11-10 no desempate das grandes penalidades. O tempo regulamentar e prolongamento da partida levaram as duas equipas a um confronto demorado na marca da grande penalidade e fez o português Bruno Fernandes, jogador do United, sofrer em lágrimas pela derrota.

No espectro internacional, esta semana surgiu a notícia do desvio de um avião pela Bielorrússia, a comando do presidente Aleksandr Lukashenko para deter um jornalista considerado da oposição ao regime comunista imposto no país. Este é um episódio que uniu os 27 Estados-membros da União Europeia, que condenaram o incidente do sequestro do avião da Ryanair. O alerta de segurança falso foi dado pelas autoridades bielorrussas, que tinham como objetivo prender o jornalista “dissidente” Roman Protasevich. O voo comercial tinha como destino Vilnius, capital da Lituânia, mas pelo caminho foi obrigado à aterragem de emergência em Minsk, também cidade-capital da Bielorrússia.

Na passada sexta-feira, a luta de um jovem imigrante marroquino de 16 anos e de seu nome Aschraf Sabir, foi noticiada um pouco por todo o mundo. Nas imagens surge o jovem a tentar entrar no enclave espanhol de Ceuta amarrado a garrafas de plástico para conseguir flutuar. Esta situação ocorreu numa altura em que milhares de pessoas tentam entrar por mar em Ceuta e Melilla, dois enclaves da Espanha. Esta era já a terceira tentativa de o jovem entrar no território espanhol e caso teve tanto impacto, que uma ONG já prometeu pagar os estudos e a respetiva habitação ao jovem marroquino.

Da nossa parte é tudo esta semana, mas não se preocupem em junho estamos de volta para vos facilitar a rotina da vida.

Beijinhos!

Equipa Descomplica